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Estrutura Geológica

 

ESTRUTURA DA TERRA

Vimos os tipos de rocha que formam a crosta terrestre, que é apenas uma pequena parte do planeta. Na figura a seguir, podemos observar sua estrutura completa. Didaticamente o planeta Terra pode ser comparado a um ovo, não em termos de forma, mas de proporção de suas estruturas: sua casca, extremamente fina, seria a crosta terrestre; a clara seria o manto; e a gema, o núcleo.

A crosta terrestre possui uma espessura média de 25 km (por volta de 6 km em algumas partes do assoalho oceânico e de 70 km nas regiões de cadeias montanhosas).

O manto, com 2 900 km de espessura média, é formado por magma pastoso e denso, em estado de fusão. O núcleo é formado predominantemente por níquel e ferro. É subdividido em duas partes: o núcleo externo, em estado de fusão, e o núcleo interno (a parte mais densa do planeta, também chamado de nife). Este, apesar das elevadas temperaturas, está em estado sólido graças à alta pressão no centro da Terra.

Vamos imaginar agora que o “ovo” de nossa comparação foi cozido e acabamos de retirá-lo do fogo. Nós o batemos, muito quente e cheio de energia em seu interior, numa mesa. A casca fica totalmente rachada, mas continua presa à clara. Assim é a crosta terrestre. Ela não é inteiriça como a casca de um ovo cru, mas rachada como a de um ovo cozido batido numa mesa. Os vários pedaços de casca rachada seriam as placas tectônicas. Seus limites disformes, as rachaduras, seriam as falhas geológicas – rupturas nas camadas rochosas da crosta

A litosfera (do grego lithos, que significa ‘pedra’, ‘rocha’) compreende as rochas da esfera terrestre, da crosta (continental e oceânica), e é formada por placas rígidas e móveis, as placas tectônicas. Logo abaixo dela encontramos a astenosfera (do grego sthenos, ‘sem força’, ‘fraco’), que é constituída por rochas parcialmente fundidas. Ao contrário da litosfera, é uma camada menos rígida e com temperaturas mais elevadas. Essas características dão mobilidade às placas tectônicas.

 

acima, cortes esquemáticos mostrando as camadas do interior do planeta, de acordo com dois modelos: o primeiro baseado na composição química das camadas e o outro, no comportamento mecânico dos materiais, como sua resistência e dureza. A descoberta das variações da composição e das características físicas dos materiais que constituem o interior da terra foi possível por meio do estudo da velocidade de propagação de ondas sísmicas e a sua forma de transmissão, liberadas nos terremotos ou em explosões controladas.

Fonte: Sene, Eustáquio de Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização / Eustáquio de Sene, João Carlos Moreira. – 2. ed. reform. – São Paulo: Scipione, 2013.