O RETORNO DE GETÚLIO E DA POLÍTICA NACIONALISTA
Ao retornar à Presidência em 1951,
eleito pelo povo, Getúlio Vargas retomou seu projeto nacionalista: passou a
investir em setores que deram suporte e impulsionaram o crescimento econômico –
sistemas de transportes, comunicações, produção de energia elétrica e petróleo
– e restringiu a importação de bens de consumo. Apoiado por um grande movimento
nacionalista popular, Getúlio dedicou-se à criação da Petrobras (1953) e do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES (1952).
No confronto entre os
getulistas, defensores da política nacional-desenvolvimentista, e os defensores
da fórmula neoliberal, que preferiam promover a abertura da economia aos
produtos e capitais estrangeiros, o projeto de Getúlio acabou sendo derrotado.
Os liberais argumentavam que, com a economia fechada, a modernização e a
expansão do parque industrial nacional ficavam dependentes do resultado da
exportação de produtos primários. Qualquer crise ou queda de preço desses
produtos, particularmente do café, resultava em crise na modernização e
expansão do parque industrial.
Sene, Eustáquio de. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização / Eustáquio de Sene, João Carlos Moreira. – 2. ed. reform. – São Paulo: Scipione, 2013.