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LINHA INTERNACIONAL DA DATA

LINHA INTERNACIONAL DA DATA


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A dor de cabeça para definir mudanças de data começou no século 16, quando os sobreviventes da expedição inicialmente liderada pelo português Fernão de Magalhães retornaram para a Espanha, em 1522.

Após passar mais de três anos no mar e atravessar o globo terrestre, a tripulação notou que o tempo registrado pelos que permaneceram em terra firme não coincidia com suas anotações. O possível caso de viagem no tempo tinha uma explicação: por conta da rotação da Terra, quando já era manhã no Oriente, ainda era noite na Europa.

Questões como essa só foram definitivamente resolvidas em 1884, quando representantes de 25 países se reuniram na cidade norte-americana de Washington para a Conferência Internacional do Meridiano. “Até esse período, não havia consenso sobre qual referência utilizar nas viagens, ficando cada país responsável por aderir ao sistema que atendesse a ­suas necessidades”, diz Paulo de Melo Cotias, gestor do curso de história da Universidade Estácio de Sá.

Na reunião, as nações estabeleceram o observatório inglês de Greenwich como o marco zero da contagem de tempo. Exatamente no lado oposto do globo está a Linha Internacional de Data, e todos os viajantes que cruzam a linha do oeste para o leste devem adiantar um dia nos calendários. Essa convenção, no entanto, gera distorções para os territórios próximos à linha imaginária. “Entre as ilhas de Samoa e Tonga, distantes 900 quilômetros uma da outra, há diferença de um dia na data”, explica Cotias.