
RIO e GLÓRIA DO GOITÁ (PE) — Apesar dos avanços no combate ao
trabalho infantil — caiu de 19,6% das crianças e jovens de 5 a 17 anos,
em 1992, para 8,3%, em 2011 —, especialistas estimam que entre 1,56
milhão e 1,97 milhão de crianças e adolescentes trabalhem em atividades
perigosas e insalubres no Brasil, pouco mais da metade dos 3,7 milhões
de menores trabalhadores, registrados pela Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (Pnad/2011), do IBGE. Segundo o ministro Lélio Bentes, do
Tribunal Superior do Trabalho (TST) e coordenador da Comissão para
Erradicação do Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho, no mundo, a
proporção das piores formas de trabalho entre os trabalhadores juvenis é
de 53,5%. A estimativa mais conservadora, de 1,5 milhão, une trabalho
infantil doméstico ao trabalho agropecuário para estimar as crianças e
os jovens nessa situação.
O país tem até 2015 para erradicar esse tipo de trabalho, pela meta fixada no Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador. Meta que não será alcançada, dizem especialistas da Justiça, do Ministério Público e de organizações não governamentais, além da própria Organização Internacional do Trabalho (OIT), que também chama a atenção para o fracasso mundial, meses antes da III Conferência Global de Erradicação do Trabalho Infantil, que acontece no Brasil em outubro. São crianças que trabalham na produção de fumo, algodão, sisal, cana-de-açúcar, na aplicação de agrotóxicos, no corte de madeira, casas de farinha, carvoarias e lixões ou são aliciadas pelo tráfico de drogas ou exploradas sexualmente.
— Não vamos conseguir alcançar a meta. São atividades concentradas no setor informal, na agricultura familiar, no trabalho infantil doméstico. São necessárias novas estratégias. O Bolsa Família tem sido um instrumento eficaz , mas que, sozinho, não está dando conta — diz Bentes.
O país tem até 2015 para erradicar esse tipo de trabalho, pela meta fixada no Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador. Meta que não será alcançada, dizem especialistas da Justiça, do Ministério Público e de organizações não governamentais, além da própria Organização Internacional do Trabalho (OIT), que também chama a atenção para o fracasso mundial, meses antes da III Conferência Global de Erradicação do Trabalho Infantil, que acontece no Brasil em outubro. São crianças que trabalham na produção de fumo, algodão, sisal, cana-de-açúcar, na aplicação de agrotóxicos, no corte de madeira, casas de farinha, carvoarias e lixões ou são aliciadas pelo tráfico de drogas ou exploradas sexualmente.
— Não vamos conseguir alcançar a meta. São atividades concentradas no setor informal, na agricultura familiar, no trabalho infantil doméstico. São necessárias novas estratégias. O Bolsa Família tem sido um instrumento eficaz , mas que, sozinho, não está dando conta — diz Bentes.
Cássia Almeida e Letícia Lins O Globo. Publicado:
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