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O ranking é liderado pela Finlândia, seguida por Cingapura e Suécia. O Brasil, vem ganhando posições. Mas sua posição hoje do País no ranking não condiz com uma das sete maiores economias do mundo. |
Além do ranking sobre capacidade de adaptação ao mundo digital, o
Fórum divulgou outros dois, referentes ao ensino de matemática e de
ciências.
Entre os 144 países avaliados, o Brasil aparece no 116.º lugar em
educação, atrás, por exemplo, de Chade, Suazilândia e Azerbaijão. Em
ciências, Venezuela, Lesoto, Uruguai e Tanzânia estão melhores
posicionados no ranking que o Brasil, que ocupa a 132.ª posição.
O resultado é uma estagnação no avanço da tecnologia no Brasil,
apesar dos investimentos públicos em infraestrutura e de um certo
dinamismo do setor privado nacional. Na América Latina, países como
Chile, Panamá, Uruguai e Costa Rica estão melhores preparados para
enfrentar o mundo digital que o Brasil.
“Apesar desse progresso, a tradução dessa maior cobertura em impactos
econômicos em inovação e competitividade está estagnada”, alerta o
documento. Um dos motivos é a “qualidade do sistema educacional, que
aparentemente não garante as habilidades necessárias para uma economia
em rápida mudança em busca de talentos”, indicou. Mesmo em países pobres
como Senegal, Quênia e Camboja, o acesso de escolas à internet é
superior, segundo o informe.
O ranking é liderado pela Finlândia, seguida por Cingapura e Suécia. O
Brasil, de fato, vem ganhando posições. Mas os autores do informe
estimam que a posição hoje do País no ranking não condiz com uma das
sete maiores economias do mundo.
O informe considera que a maioria das economias em desenvolvimento
continua sem conseguir criar as condições necessárias para reduzir a
falta de competitividade existente na área da tecnologia de informação,
em comparação às economias desenvolvidas. “No Brasil temos grande
desenvolvimento por parte de empresas multinacionais para melhorar a
competitividade, mas esse empenho não se estende por todo o setor
privado”, alertou o editor do informe, Beñat Bilbao-Osorio.
Internet
A subida de posição do Brasil no ranking vem dos avanços em
infraestrutura e do fato de o País ter dobrado a capacidade de uso de
banda larga, além de ampliar a rede de celulares. Em bandas fixas, o
Brasil é o 11.º colocado no ranking.
Outro problema sério, porém, é o ambiente para promover inovação e
burocracia, além do custo dos celulares, um dos mais altos do mundo. O
Brasil aparece na 130.ª posição entre os 144 países, superado pelo
Gabão.
O número de usuários de internet no Brasil, em 2011, também não
chegava ainda a 45%, o que deixa o País na 62.ª posição nesse critério,
abaixo da Albânia. Apenas um terço dos brasileiros tem internet em casa.
A taxa despenca para apenas 8% se o critério for o número de casas com
banda larga.
O Brasil não é o único a passar por essa situação. “Os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)
enfrentam desafios”, diz o informe. “O rápido crescimento econômico
observado em alguns desses países nos últimos anos poderá ser ameaçado,
caso não forem feitos os investimentos certos em infraestruturas,
competências humanas e inovação na área das tecnologias da informação”,
alerta.
“A digitalização criou 6 milhões de empregos e acrescentou US$ 193
bilhões à economia global em 2011. Apesar de positivo, o impacto da
digitalização não é uniforme nos setores e economias – cria e destrói
empregos”, disse Bahjat El-Darwiche, Sócio, Booz & Company.
RANKING
Segundo a capacidade de adaptação ao mundo digital
1. Finlândia
2. Cingapura
3. Suécia
4. Holanda
5. Noruega
6. Suíça
7. Reino Unido
8. Dinamarca
9. EUA
10. Taiwan
60. Brasil
Fonte: Estadão.com.br. 10 de abril de 2013
Foto: 100porcentoaprendizagem.blogspot.com
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